segunda-feira, 1 de julho de 2024

Começa hoje a temporada de subida ao Monte Fuji, com cobrança de taxa e reservas

A província de Shizuoka, que também tem trilhas para o topo do Fuji, ainda não introduziu restrições aos escaladores

temporada de escalada do Monte Fuji
A temporada de escalada do Monte Fuji inicia nesta segunda-feira (1º de julho), com os visitantes tendo que fazer reserva e pagar uma taxa de acesso à trilha Yoshida, que fica na província de Yamanashi, publicou o Asahi.

A previsão das autoridades de Yamanashi é de que o número de visitantes por dia no Monte Fuji chegue a 4.000, excluindo aqueles que reservaram vagas em cabanas ao longo da trilha até o pico de 3.776 metros. As cabanas estão espalhadas da sexta à oitava estações.

A medida visa conter o congestionamento de escaladores, como ocorreu no ano passado, e garantir a segurança na trilha Yoshida, que é usada por cerca de 60% visitantes.

O novo sistema
Segundo as autoridades de Yamanashi, embora as vagas para até 3.000 escaladores possam ser reservadas com antecedência, as 1.000 restantes serão deixadas para aqueles que comparecerem sem inscrição prévia.

A taxa cobrada de cada um é de 2.000 ienes (US$ 12,43).

A receita obtida será destinada para cobrir despesas com pessoal de segurança e melhorar as condições da trilha.

A partir de agora, os escaladores passarão por um portão de madeira instalado na quinta estação, apenas entre 3h e 16h, a menos que tenham reservas em uma cabana na montanha.

No dia 19 de junho as autoridades locais realizaram um ensaio para executar os procedimentos, como orientar os visitantes sobre a taxa, o uso de trajes adequados entre outras situações.

O governador de Yamanashi, Kotaro Nagasaki, disse que as medidas visam ajudar a combater o turismo excessivo.

A temporada de subida ao Fuji pela trilha Yoshida vai até 10 de setembro, rota usada por 137 mil pessoas no ano passado, perto do nível pré-pandemia.

Devido à desvalorização do iene frente ao dólar, a expectativa do governo da província é de que aumentará o número de turistas estrangeiros na trilha.

Mas a capacidade das cabanas na montanha permanece entre 50% e 60% do nível pré-pandêmico, depois que os alojamentos criaram quartos de hóspedes privados e tomaram outras medidas para prevenir novas infecções por coronavírus.

As autoridades locais pretendem com todas estas medidas conter os chamados “escaladores bala”, que sobem durante a noite para observar o nascer do sol no pico acima do nível das nuvens, onde o ar é rarefeito.

O problema é que muitos se acidentam nessa aventura. Em 2023, pelo menos 44 pessoas foram atendidas no centro de primeiros socorros na oitava estação. Muitos deles queixaram-se de sintomas do mal da altitude, causado por uma subida excessivamente rápida.

E Shizuoka?
A província de Shizuoka, que também tem trilhas para o topo do Fuji, ainda não introduziu restrições aos escaladores.

As autoridades da província pedirão apenas que os visitantes registrem voluntariamente seus planos de escalada e solicitarão àqueles que não têm reservas em uma cabana na montanha que se abstenham de escalar a montanha depois das 16h.

Mas Shizuoka planeja também cobrar uma taxa, semelhante ao que faz Yamanashi, e limitar o número de visitantes em suas três trilhas.

Como as trilhas na província de Shizuoka ficam em terras estatais até a oitava estação, as autoridades da província são obrigadas a consultar o governo central antes de instalar um portão de entrada, disseram as autoridades.
Fonte: Alternativa

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